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Tuesday, January 27, 2009

Displays flexíveis, a evolução do e-paper


Você já ouviu falar no e-paper, não? Apesar de ainda não ser muito popular, aquela película flexível que usa tinta imantada para a exibição de textos e imagens (falei sobre isso há mais de quatro anos na INFO) já pode ser encontrada em leitores de e-books, como o Kindle da Amazon, e em até celulares, como o simplesinho Motofone, da Motorola. Mas e sobre o e-display, você já ouviu falar? Pois esse é o futuro das telas de computadores, televisores e, claro, dos celulares. Cada vez mais finas, esses pedaços de plástico agora também se tornarão flexíveis - dizem que você vai poder até enrolar a tela e enfiá-los no seu bolso, apesar de eu duvidar um pouco que isso vá acontecer tão cedo com os monitores.

O Centro de Displays Flexíveis da Universidade Estadual do Arizona, nos Estados Unidos, está trabalhando para que a produção em massa desses dispositivos seja possível. E também para levar informação e mapas de forma fácil e acessível para as tropas norte-americanas em diversos territórios ao redor do mundo. Para tanto, eles contam com a ajuda da HP, da DuPont e da E Ink, empresa que foi encubada pelo MIT (Massachusetts Institute of Technology) em sua fase inicial e que criou, em parceria com a Philips, o primeiro modelo de e-paper disponível no mundo. A tecnologia engloba um novo processo de litografia da HP Labs, a tinta eletrônica da E Ink e um filme plástico especial desenvolvido pela DuPont para permitir a criação de grandes rolos de tela flexível, que depois são cortados em pedaços do tamanho de uma revista ou jornal (dependendo da aplicação desejada) para a formação de telas individuais.

As telas eletroforéticas, como são chamadas, gastam apenas uma fração da energia consumida por seus similares em cristal líquido (LCD) e custam bem menos, o que as torna economicamente mais viáveis e também ecologicamente corretas. Isso sem contar que o vidro quebra, já o plástico, é bem mais difícil. O exército americano será o primeiro beneficiado porque, bem... eles estão pagando o projeto. Funcionando, será dado o OK para o dispositivo ser liberado para os fabricantes de equipamentos e, enfim, chegar ao consumidor final. Mas isso ainda vai levar alguns anos. Primeiro, porque elas ainda conseguem administrar apenas textos e imagens em preto-e-branco. Segundo, porque ainda são bem lentas no quesito "recarregamento de páginas", o que impossibilita seu uso para vídeos, por exemplo.

A tecnologia da E Ink usa pequenas cápsulas que contém um fluído que fica branco em partes positivas e preto nas partes negativas da tela. Cargas elétricas "empurram" esse fluído para a superfície do plástico de acordo com o pixel escolhido, de maneira refletiva - o que dispensa luminosidade para se enxergar o que está na tela. A imagem (ou texto) permanece visível mesmo se o gadget estiver sem energia. O pulo do gato no projeto do Centro de Displays Flexíveis será simplificar o processo no qual o circuito eletrônico que controla os pixels é esculpido. Nos gadgets baseados em silício, o processo envolve repetitivas aplicações de materiais resistentes para proteger as camadas da tela. Já o processo da HP tenta inserir apenas uma camada resistente, de peso variável, no topo das demais camadas. É bem parecido com a atual impressão em papel, onde várias camadas de tinta são aplicadas.

Quanto à questão da cor, as telas eletroforéticas podem usar partículas coloridas e filtros para produzir pixels vermelhos, verdes e azuis, mas o que se conseguiu até agora é um sistema no qual cada cor ocupa apenas um terço da área do pixel - e resolver isso é uma das principais tarefas do pessoal da Universidade do Arizona. Entre as alternativas para corrigir a questão está o uso de materiais capazes de emitir luz em resposta a uma corrente elétrica, ou ainda o uso de cristais fotônicos, pequenas partículas que influenciam o fluxo dos fótons. Nesse último caso, a cor é obtida ao se mudar a cor da luz refletiva no cristal. Gizmodo

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