No decorrer do ano passado percebemos que a banda larga cresceu a passos largos. Afinal, um novo elemento incrementou, e muito, o cenário: as redes de terceira geração da telefonia móvel. A forte penetração da tecnologia 3G foi um grande aliado para impulsionar os números da banda larga no Brasil e no mundo.
Segundo pesquisa realizada pelo IDC Brasil, só no primeiro semestre do ano passado tivemos 700 mil novas conexões no país, comparadas ao mesmo período de 2007. Se ampliarmos um pouco o mapa e incluirmos seis países da América Latina, mais Paquistão, Hungria, Bulgária, Republica Tcheca e Polônia – lugares onde a pesquisa abrange – temos um crescimento de 48,3% nos acessos em banda larga no mesmo período.
Lembrando que no Brasil já ultrapassamos a marca de 10 milhões de conexões e, se continuarmos neste ritmo, não será difícil atingir a previsão da Cisco, de 15 milhões até 2010.
Não apenas os números de conexões impressionam, mas também, a evolução da banda larga. Só de imaginar que antes a velocidade média de conexão nas empresas não passava dos 56 Kbps e hoje é infinita, sob demanda, ter 8 Mbps de banda residencial já nem é tanta coisa assim.
O bom de tudo isso é que quanto mais, melhor! E não me refiro a velocidade apenas, mas as formas de conexão. É ADSL, xDSL, WLL, LMDS, MMDS, Wi-Max, satélite, linhas dedicadas, submarinas e por aí vai. Empresas que oferecem isso então, pelas minhas contas, já passam de 60.
E quem ganha com isso? Nós, usuários. Muitas empresas, muitas formas de conexão, muita capacidade, velocidade, concorrência e, claro, baixo custo. Recentemente, uma pesquisa apresentou queda de até 20% no preço da banda larga mundial. E em 2009 a tendência é que isso se intensifique: maior velocidade e menor custo.
No Brasil, podemos ver claramente essa queda nos preços. São ofertas em cima de ofertas, podendo um usuário residencial pagar até R$ 40 mensais para ter o serviço de acesso rápido à internet (1 Mbps), o mesmo que antes era oferecido na média de R$ 75. No geral, caiu, mas ainda é preciso unificar, afinal, o mesmo 1 Mbps de velocidade custa mais de R$ 700 em Manaus.
Muitas melhorias aconteceram esse ano para a banda larga brasileira, mas há muitas para acontecer. Precisamos ficar atentos à nossa volta para poder evoluir ainda mais. A França, por exemplo, que pediu às suas operadoras de telecomunicações o teto máximo de € 35 mensais pelo serviço de banda larga.
Não apenas os franceses, mas muitos países já estão em campanha para incluir o acesso rápido na regulamentação da União Europeia para serviços universais, ou seja, uma operadora com esse perfil pode receber ajuda pública em troca de suprir as necessidades básicas da população onde não há potencial de lucro.
Com tudo isso acontecendo mundo afora, não é só o preço que pode melhorar para nós, mas a capacidade também. Já que estamos falando da Europa, a velocidade média da banda larga lá é de 17,6 Mbps, contra 1 Mbps que temos aqui. Estamos andando a passos largos, é verdade! É velocidade que aumenta, preço que reduz e usuário cada dia mais feliz! Certamente, 2009 será ainda melhor, mas, hoje, você está bem conectado? Webinsider
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